quinta-feira, abril 28, 2011

Da Escatologia.

Que é uma ciência complexa e completa, a arte de transformar um simples caralho numa interjeição plena de significados! Não, tavo pensando entre mim (como diria a Marion, longuíssimo ago e mó saudades), eu deveria cuidar mais da minha linguagem. Acho que na tentativa de simplificar a vida tenho apreciado mais essa arte do que deveria... na verdade, foda-se o deveria, pq já é uma limitação ao pensamento original, mas...

Bom, o fato é que me pego explicando a psiquê das personagens da peça pros meninos em escatologês... Como não dizer que o cupincha do Antunes é um filha da puta baba ovo sem usar o palavrão? Como dizer que o Fontes tá com o cu na mão sem usar a expressão? Imaginem o gasto de energia para resgatar o vernáculo erudito lá das profundezas das curvas da estrada do cebrin? Sem contar a falta de receptividade nos neurônios objetos das digressões... é, os meninos não alcançariam a profundidade dos sentimentos não fosse a rasidez (ótima essa!) dos termos usados...

Algum dia vou formar um dicionário... Flutuante entre o tempo e os modos...


Demaaaiiisssss!!!

2 comentários:

  1. Pá! Cara Fênix, mais uma entubada sem anestesia, sem delongas e novela das sete. Você explode quando escreve! Não há vernáculo, que resista ao erudito dom da porra-louquice da exacerbação. É como gritar no Teatro Oficina: só pode ser assim, há coisas que devem ser assim, dissimulações complicam. Inté.

    "Porque é preciso ser assim assado." (João Ricardo).

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  2. Se com escatologia foi assim... bafão! O dia que vc resolver filosofar sobre escrotologia, literalmente .... porrada!

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